segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

DEPOIS DO DOMINGO

O que acontece logo após os apresentadores das revistas eletrônicas televisionadas dizerem a famosa frase: Boa noite. ?

No sofá da sala há um corpo preguiçosamente estirado, largado e esparramado. Controle remoto em uma das mãos, brinco de trocas os canais na televisão procurando alguma coisa que desperte a atenção, mas nada parece mudar a triste constatação: depois de hoje, amanhã; depois de domingo, segunda.

Segundas-feiras são invariavelmente tediosas, preguiçosas, chatas e longas. Eu não gosto delas!

Segunda-feira, segunda chance, segunda chamada, segundo lugar, carne de segunda, segundo turno... não gosto delas!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

ESCREVENDO

Quando escrevo não gosto de barulho. O ruído externo incomoda a melodiosa sinfonia das sinapses neurais no ir e vir de reações químicas e micro-correntes elétricas do meu pensamento voltaico.

Quando escrevo faço uso de papel e caneta. Sou de uma geração que aprendeu a escrever não diante de uma tela de computador, mas utilizando folhas brancas alcalinas. Se tento escrever usando o teclado, trava-me a mão pelo tropeças da mente.

Quando escrevo não fico matutando, maturando ou pensando muito no que escrever, no como escrever ou que palavras devo utilizar. Deixo fluir o pensamento na dinâmica galopante das idéias, palavras, frases.

Quando escrevo faço com paixão e intensidade pois sei que o meu escrever há de encontrar-se com o seu ler. Que este encontro então seja um bom encontro do seu querer com o meu dispor.

Quando escrevo, sou você.

Quando você lê, sou eu.