quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

TO ACREDITANDO, AINDA...

Por mais estranho que possa parecer sou talvez o último dos crentes; sim, daqueles que acreditam em tudo e em todos, que de boa fé confiam em seus amigos e que entendem ser a palavra, por sua força e vitalidade, uma das maiores expressões da alma.

Fui crescendo, vivendo, interagindo e descobrindo que a palavra é como fumaça, ou seja, por vezes volátil e sem força, que rapidamente se dissipa. Grande foi o desapontamento, mas fiz desta dor, força e vigor para entender que a minha palavra muito pode, mais e além daquela que me é dirigida por talvez alguém que pouco entenda da força do dizer.

O que digo, e aqui faço uma parênteses para explicar que escrevo com a mesma intensidade e paixão com que falo, acredito ter a força de impactar e talvez mover pessoas à uma reflexão mais profunda sobre o dizer, sua essência, seus valores, sua energia.

Falo de falar à tua alma, tocar você no teu âmago e perceber que existe em você conteúdo. Se deixar que eu revele quem sou por meio de palavras, se permitir que eu me mostre por frases, então descobrirás que sou mais do que eu mesmo talvez acredite ser.

Guardo em mim o desejo de escrever; divido com você minha vontade, minha vida.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

NA BOLSA...

Salve!!!

Parece que desde longe a segunda-feira é mesmo um dia ruim ou pelo menos não é o melhor dia da semana. Além da ressaca tradicional de um fim de semana badalado em baladas ou descansado no conforto e sossego de casa, uma sombra de aparente mau-humor parece abundar neste dia, o segundo da semana. E nesta semana não foi diferente. Tudo e todos acordaram nervosos, irritadiços, maldizentes, chateados e de péssimo humor, inclusive eu!

O fim de semana foi tranquilão, básico mas tive a sensação que faltou alguma coisa (hummm, o que será que faltou??); dormi pouco de domingo pra segunda e se não bastasse o pouco dormir, ainda o miserável do vizinho da casa ao lado resolveu testar seu sistema de alarmes em plena madrugada - isso não se faz!! Cheguei levemente atrasado ao trabalho, muitas pendências, telefone que não parava de tocar com clientes reclamando - haja paciência - e eu tentando esquecer o raio do vizinho com seu alarme mal regulado.

Fui para a net, ver email etc e tal... e ai veio a confirmação que não sou somente eu que fico nervoso, algumas vezes, nas segundas... o mundo estava nervoso. As bolsas estavam despencando mundo afora com medo da nuvem recessiva que anda circulando por sobre a cabeça do povo norte-americano. Não entendi nada!!! Cá no Brasil estávamos ainda vivendo o glamour de uma semana de moda em São Paulo e haviam várias senhorinhas, senhoritas e alguns quase-senhores (hummm, sei não hein!!!) que circularam pelos corredores e passarelas da Fashion Week com suas bolsas e me pareceram todas, as bolsas, muito bem seguras e estáveis. Agora me falam que as bolsas estão caindo!!! Como assim?? O que eu tenho a ver com a falta de trato, tino e tato do Sr. George Bush em lidar com sua economia e tentar arrastar o resto do mundo em sua ingerência?? Nada. Eu não tenho nada a ver com isso... quero ter o prazer de curtir meu mau-humor das segundas sem bolsa, só um saco de gelo e café forte pra curar a ressaca do fim de semana.

domingo, 20 de janeiro de 2008

É TUDO VAIDADE...

Quer para espanto e horror de alguns ou para delírio e deleite de outros, temos mais uma edição televisionada, internetada e se é radio difundida eu não o sei, do tão propalado BBB, programa enlatado, socado pela goela abaixo do amigo telespectador.

Este dito sucesso (alguém por favor me ajude a definir o que é afinal sucesso!!) da televisão internacional parece ter ancorado profundamente em terras tupiniquins e suas mais diversas variantes pipocam na telinha. Enquanto os nativos fazem de um tudo para participarem e assistirem a este circo pseudo-expontâneo e natural, os cara-pálidas que importaram este vexame cultural fazem a festa diante da crescente alienação Big-Brodiana.

Os candidatos à arena são todos escolhidos a dedo; o pré-requisito fundamental deve ser a total e absoluta acefalia ou na impossibilidade desta, pouca ou nenhuma atividade cerebral condizente com alguém que se julgue ser inteligente. Corpos esculpidos são requeridos e ai o festival anatômico é quase digno de Michelangelo e suas fantásticas obras com uma ressalva importante: a obra Davi, para citar apenas uma de muitas, e seus neurônios magistralmente entalhados em mármore consegue atrair a atenção de mais pessoas do que nossos patéticos heróis confinados na masmorra de sonhos do BBB.

Personagens escolhidos é hora de começar o espetáculo.... que saudades de programas culturais como o Sítio do Pica Pau Amarelo dos anos 80 e tantos outros fomentadores da cultura nacional, tupiniquim mesmo, b-r-a-s-i-l-e-i-r-í-s-s-i-m-a !!

Expostos em todos os momentos, de todos os ângulos em todas as quase naturais circunstâncias de uma vida normal, os participantes juram lealdade, amizade, fidelidade uns aos outros. Mas o que se assiste é um festival do que há de mais baixo, medíocre, corrupto, vulgar e imoral. São traídos pela retórica vazia e oca, pela futilidade cultivada em anos e anos procurando e perseguindo o mesmo sonho comum: Fama! A cada nova prova, a cada saída se descortina diante das câmeras quão torpes, voláteis e efêmeras foram as promessas, as juras e os pactos de fidelidade que pouco tempo antes houveram estabelecidos.

E após a saída nada são, nada têm, entraram vazios e saíram mais vazios ainda. Seus momentos de fama, sucesso, visibilidade serão resumidos, quando muita sorte tiverem, a terem o estigma de serem somente um ou uma ex-BBB e nada mais, pelo resto de suas vidas. Outros contudo cairão no esquecimento coletivo e nada serão além deles mesmos, agora mais vazios ainda pois a fama e o sucesso são fugazes. Vem e vão muito rapidamente.

Muito mais fariam estes jogadores, corredores que correm em busca de vento, se ao invés de se digladiarem por um prêmio e reconhecimento fugazes, trabalhassem corpos e mentes com o mesmo afinco a fim de produzirem em primeiro lugar conhecimento para eles mesmos, falo de cultura, de algo útil, prático, que tenha aplicabilidade social, que ajude a formar e informar.

Muito mais faríamos nós em desligarmos a TV e lermos um bom livro, ouvirmos uma boa música, conversarmos com nossos amigos e família, prestarmos serviço comunitário... isso sim seria um verdadeiro Big Brother; este sim trará prêmios valiosos, importantes e satisfatórios. Sermos lembrados por um momento em que você e eu fomos úteis a alguém e não fúteis diante das câmeras de um programa qualquer.

Só digo mais uma coisa, aliás, não sou eu quem diz, o sábio Salomão assim escreveu a quase 3000 mil anos atrás: "É tudo vaidade, é correr atrás do vento..."

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

VIGILÂNCIA SANITÁRIA

O Autor informa que, por motivo de força maior, encontra-se temporariamente desligado ou fora da área de cobertura, tente mais tarde!

É o seguinte amigos leitores... tô maus pra caramba... comi uma sardinha estragada e não bateu legal não, a bichinha ainda tá nadando dentro de mim. Vou dar um jeito nela e aí volto a escrever.

Abração,

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

NA CAMA OU FORA DELA

Oi...

Já faz um tempo que tenho pensando em um assunto bem específico, na às vezes nem tão simples relação entre Cama x Amizade.

Neste mundão velho sem porteira e sem nenhum ou quase nenhum freio; aonde tudo é permitido e nada é proibido, é quase senso comum de que todo o relacionamento deva ser iniciado na cama ou pelo menos que os pretendentes a construir uma relação devam, o quanto antes possível, ir para a cama. E muitos são os que, com medo de terem sua fidelidade ou prova de amor questionada, cedem aos encantos de seus parceiros e ... pimba!! cama!! Depois vem, não raras às vezes, o desencanto.

A propalada sociedade do consumo, não contente em consumir apenas bens e serviços agora também se presta a 'consumir' pessoas; afinal é tudo tão fácil, tão simples e tão acessível, só dar um clique, um telefonema que podemos encontrar pessoas dispostas a serem, ainda que por poucos minutos, nossa 'cara-metade'.

Faço então um questionamento: Depois que passa a cama, este relacionamento está baseado em que? Amizade?!?! Acredito que não. Não existe base, é tudo tão efêmero, tão superficial e tão frágil que após cama pouco se sustenta fora dela. Ai começam as desconfianças, as brigas e algumas vezes inimizades que podem durar uma vida... tudo porque não se permitiu ter antes da cama, amizade de verdade.

Cada um sabe de si. Eu prefiro conhecer fora da cama...

E por hoje é só... pense no assunto!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A cidade denominada de a “capital do vale” ainda tem alguns traços bem marcantes de cidades interioranas, por exemplo: abundam pensões familiares, quase como na época das boiadas e invernadas e tropeiros que ao serpentearem junto ao rio Paraíba, por estas paragens ficavam esperando que a Virgem, cuja estátua escura fôra recém encontrada, os salvassem das feras que soltas, pela beira do mesmo rio, aguardavam fazer sua próxima refeição, fosse peixe, vaca ou peão.

Outro aspecto peculiar são as “moças” da chamada “vida-fácil”, aquelas que fazem do meretrício seu ofício quase de registro senão o for desde batismo, visto serem todas, sem exceção parte do patrimônio histórico desta cidade. Pois bem, tais donzelas cuja beleza pode ser tema dos mais controversos, ainda estão garbosamente, se é que assim se pode dizer, a soltar galanteios ao quase distraído passante que estiver a circular pela praça central em plena luz do dia, luz da tarde ou também na ausência de luz da noite. Justiça seja feita! As meninas não incomodam ninguém. Elas estão lá a desfilar, perambular, circular, passear e entre um olhar e outro... ops! Lá vai uma delas. Sozinha? Duvido. A dama já acertou companhia. E na praça central tudo continua normal.

Aos domingos o comércio fecha; as igrejas abrem. O burburinho das gentes circulando durante toda a semana é substituído pelo silêncio, quase sepulcral das ruas vazias ou quase desertas. Um passante com seu cãozinho a emporcalhar a calçada está logo depois daquela esquina. Dois moleques em suas bicicletas brincam de zigue-zague pela rua onde um carro passa em tão pouca velocidade que parece estar em câmera lenta. Duas senhoras com seus terços indicam que a missa do meio-dia et finis. A porta da igreja fecha, e a dos restaurantes abrem... Amém!

Se quiser comprar um jornal ou revista há que se ter cuidado pois as bancas de jornais, são seletivas, veja só. Existem bancas só para revistas, outras só para jornais, outras só para revistas antigas, outras só para revistas de sacanagem e aproveitando que tocamos no assunto.... Tu acredita que as “paradas” de sacanagem aqui só funcionam até as 22h? Pode??? Se der vontade de fazer um sexozinho casual em um ambiente um pouco mais discreto só se for até as 10 horas da noite... depois disso resolva-se como quiser. Coisa de cidade do interior.

Mas falávamos do movimento de domingo, que quase tudo fecha, por isso é uma sacanagem. Pois bem... o jornal que circula aqui na segunda-feira é o mesmo que circulou no domingo. Como domingo não se trabalha então não é impresso jornal. Na segunda você lê as notícias de sábado no jornal que saiu no domingo. Entendeu? Em resumo: compra o jornal de domingo, depois só na terça-feira e tá tudo certo!

O programa para o cidadão joseense é ir para o parque com a família. Aha! agora temos opção de lazer. Existem dois grandes, ops... força de expressão; vou reescrever. Existe um grande parque com boas áreas verde, de recreação e trilhas para caminhadas. Para que você possa ter uma noção, seria uma mistura de Quinta da Boa Vista (pelo perfil dos freqüentadores) com uma pitada de Aterro do Flamengo (pela distribuição do verde) detalhe: não existe mar aqui tá... a imagem do Aterro você pega só a área verde. Pois bem, conseguiu montar na tua cabeça a imagem do parque ??? ... é o Parque da Cidade.
O outro parque fica no coração de uma região um pouco mais requintada, é o parque Santos Dumont: uma mistura de Lagoa Rodrigo de Freitas em miniatura, mas bem miniatura mesmo e uma porção do Baixo Leblon (pelo perfil dos freqüentadores); montou a imagem cerebralmente??? Você caminha numa pista de aproximadamente 1800 metros com mães, pais e filhos, muitos filhos, diversos filhos de todos os tamanhos, cores e sabores. Para que possa ter uma idéia mais exata: pegue as mães e crianças do baixo Leblon e coloque-os numa pista de (uau!) 1800 metros . É de enlouquecer!! Mas, no final de quatro voltas você já não está nem aí pra nada, literalmente falando. Você está fora do parque, sentado tomando uma água de côco e sonhando com os tempos em que caminhava do Leme ao Leblon... momento nostalgia!

A proximidade com a capital faz com que muitos dos que aqui vivem estejam sempre em constate vai-e-vem. Por modestos R$ 16,00 você vai para a “cidade grande” em apenas 1h30; e por outros R$ 16,00 você volta da “cidade grande”. Eu mesmo já fiz este percurso e é ótimo. Não o percurso em si, mas a proximidade com um grande centro. São Paulo com sua arquitetura, estilo, comércio, mistura de gentes e trânsito (Ave Maria! nem lembra) próprios exerce forte influência no ritmo das cidades menores que estão em sua volta e São José é uma delas. Muitos dos que aqui residem, estudam e trabalham na capital. Vida cultural, shows, teatros, grandes espetáculos e eventos acontecem a apenas 1h30 de ônibus daqui. Parte dos lojistas, principalmente do comércio mais popular, pode até negar mas que é assíduo freqüentador dos bazares, quitandas, lojas, mercearias, boxes, barracas populares e afins da famosa 25 de março, isto é sim. Um verdadeiro céu de quinquilharias e outros badulaques bem legais e baratos.

Outro aspecto peculiar é que estamos bem próximos da montanha e do mar. Estamos a cerca de 90 quilômetros da praia. Tudo bem que eu gosto de caminhar mas 90 quilômetros para ver água salgada e areia, não dá mesmo! Prometo que qualquer dia desses eu vou e ai conto como é a praia dos paulistas. Espero que haja sol. Ultimamente tem feito muito, mas muito frio mesmo. E por falar em frio, a proximidade com a montanha deixa São José a “meio-caminho” da badalada Campos do Jordão que eu irei visitar somente depois de comprar uns três casacos bem quentes.

A cidade cresce em um ritmo ordenado. Existe um programa de desfavelização fantástico. Onde antes tinha favela hoje existem praças ou áreas verdes e as famílias que moravam nestes lotes ocupados irregularmente foram transferidas para bairros com toda a infra-estrutura básica. Para se ter uma idéia da ordem que por aqui existe, até o transporte alternativo daqui é organizado com horário e tudo certinho.

A energia daqui da cidade é toda distribuída em 220V. Eu, antes que você me pergunte, estou para todos, eu disse todos os assuntos, exceto trabalho, operando na faixa dos 110V. E por hoje... chega!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

VOLTA

Volta ainda esta vez e sopra de novo ao meu lado
Venha trazer o calor da tua presença à minha vida
Traga também o frio aconchegante e faça o meu coração sentir o teu toque.

Volta ainda esta vez e perdoa-me, eu peço.
Quero merecer o teu afago matinal
Sentir teu beijo ardente em minhas noites escuras.
Ama-me com o mais puro amor de tua alma
Sou teu! Sê meu e seremos um em total sintonia.

Volta ainda esta vez para que que eu veja o teu sorriso.
Que possa ver em teus olhos o brilho que tanto quero
Permita-me amar-te de novo.
Deixa-me tocar teu corpo com minhas mãos,
Deslizar meus dedos nos teus cabelos.
Toca teus lábios nos meus e entregar-me-ei à ti, sem reservas.

Volta ainda esta vez!
Volta esta vez, ainda!
Volta, é vez!
Volta de vez!
Volta!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Trilogia do Vento - parte 3

FINAL...

Não há mais vento nem brisa suave
Ficamos eu e a tua saudade
Que ainda arde e queima
Que incomoda e teima em não querer sair de meu peito
Já fraco e abatido de tanto chorar por ti.

Foi-se o vento e levou você
Foi pra longe, distante...

Tua saudade é meu castigo
Purgatório de minh'alma
Solidão.

Você se foi
Não volta mais

Fiquei eu

e é só!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Trilogia do Vento - parte 2

PEDIDO...

Que o vento me traga você
Do jeito que você é.
Tão forte quanto o trovão
Suave toque de mãos.
Que o vento me traga você
Dentre de minha alma
Suave afago de lábios.
Que você me traga o vento
Meu carinho
Meu alento
Que você me traga...
Você!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Trilogia do Vento - parte 1

Pedi ao vento, em meu tormento, que por uma brisa doce e suave eu pudesse ter alento, ainda que por instantes, pedaços de momentos, sentir teu suave toque, teu afago... sedento.

Clamei aos quatro cantos que me dessem sentimento; que eu fosse paciente, compassivo, não desatento.

A natureza ouviu. A minha súplica foi respondidada. O vento soprou-me vida, afago, carinho, desejo, o vento soprou-me você.

Desejei então segurar o vento; que amargo foi o desapontamento ao descobrir que o vento não se pode segurar por ser demasiadamente imenso; não pode ser contido, não nos moldes que eu buscava, queria, pensava...

Incapaz de perceber que o vento é quem comanda, deixei-o seguir seu caminho. Este vento passou, não mais voltará a bater na janela da minha casa que agora encontra-se vazia.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

QUANDO O QUÊNIA É BEM BRASILEIRO...

Bom dia...

Tenho acompanhado, ou pelo menos visto as notícias acerca da barbárie e matança que tem acontecido num país africano, o Quênia. Então eu fiquei pensando, e pensei e pensei ainda um pouco mais...

Parece distante mas estranhamente perto tudo o que do outro lado do Oceano Atlântico acontece. Gente matando gente em nome de outras gentes que se acham ser gente mas que de gente nada tem. Ops... isso é Brasil! E não falo aqui da 'culpa social' ou do 'carma coletivo' da indiferença com quem está, não raras as vezes, debaixo de uma marquise esperando que eu estenda a mão. Falo daqueles que podem fazer e nada fazem na esfera pública. Já estou farto de ver e algumas vezes participar de iniciativas privadas de socorro, ajuda, amparo, proteção e auxílio... mas e o Poder Público aonde está??

De modo análogo, no país-irmão Quênia, o Poder Público está em suas cadeiras confortáveis, escritórios finamente decorados, placidamente repousando, esperando e torcendo que, do lado de fora todos se matem... mas para que? qual a razão? qual o motivo?

De volta ao paraíso tupiniquim nosso mais recente conflito 'ético' foi a derrocada de um imposto aviltante, proposto e posto em prática por mentes vazias. Imposto este desviado desde a sua concepção e origem. Fomos, forçosamente, co-autores (será que é assim que se escreve esta palavra??) de um crime bárbaro: financiamos a total ineficiência da saúde pública em nome de uma taxa ínfima que por mais de uma década nos foi roubada, centavo por centavo. O agente, a mente criminosa foi a mesma que se levantou nas tribunas para defender o infeliz imposto quando perto de sua derradeira hora. Agora que o finado e extinto já encontra-se sepultado (e tomara que seja para sempre), um fantasma seu em forma de aumento de outras alícotas levanta-se pronto a tornar todo o processo produtivo e comercial brasileiro ainda mais pesado, mais lento, mais burocrático e mais sujeito ao desvio, a maracutaia.

No Quênia tem gente matando gente... aqui no Brasil é imposto matando gente!

Por hoje chega... vou ver quanto vou pagar pra matar.... gente!!!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

EU QUERO ACICATAR...

Bah! Já se foi mais um dia e tô aqui sem banho, cabelo todo desgringolado, estirado no sofá ouvindo qualquer coisa na TV.

Finalmente hoje choveu, e como! Teve muita água, muito vento, trovão e raio.... e por falar em raio, o raio do meu chefe voltou ao trabalho depois de quase duas semanas de salutar ausência laborativa. Ele voltou tão ensimesmado que não me tem faltando vontade de mandá-lo para o 'raio-que-o-parta'. VÁ!!

Agora vou eu recolher-me aos meus aposentos para ter um salutar repouso... ops, antes banho e pentear cabelos.

Amanhã estou aqui de novo! Fuuuuuuuui!!!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

E QUE DEUS NOS AJUDE...

Hoje é o primeiro dia de um novo ano, pelo menos para o pedaço do mundo que adotou o calendário gregoriano.

Estou preguiçosamente deitado em minha cama, dentro do meu quarto, janela aberta. Lá fora o dia está estranhamente quente e abafado apenas amenizado por uma brisa morna que, de quando em quando, insiste em se fazer notar.

O último dia do ano passado foi ontem e hoje tudo tem ar de ano novo, apesar das coisas lá fora parecerem estranhamente familiares e conhecidas.

Talvez este tal de Ano Novo seja uma grande metáfora para justificar nossa incapacidade, quer coletiva ou individual, de lidar com o fracasso em cumprir metas, visto que, em todo o 31 de dezembro fazemos as mesmas promessas, tecemos os mesmos planos, propósitos e desejos e, no dia seguinte, acordamos com uma tremenda de uma ressaca ou preguiça. VIVA O VELHO ANO NOVO!!

Neste modismo de ter propósitos eu também fiz um que pretendo levar à cabo no final deste ano... que Deus me ajude a não esquecer...!!

Como estou meio sem nada pra fazer, meu cérebro divaga em um trilhão de idéias e pensamentos diferentes: trabalho, novo emprego, amigos de perto, novos amigos e também aquele que não é assim tão amigo mas que, confesso, tenho a vontade de, com o perdão da palavra, enfiar a porrada... que Deus me ajude a esquecer...!!

Viva então o Ano Novo e seus 365 dias novos e que Deus nos ajude, sempre!

EEP, from Iceland, 01/01/08