quarta-feira, 29 de abril de 2009

EM UM SÓ ESPIRRO

E cá estamos nós envoltos e às voltas com mais uma crise ou prenuncio do que pode ser um deflagrar de pânico, desespero e desesperança mundo afora. Tudo por causa de um serzinho minúsculo, microscópico, mas nem por isso menos forte e poderoso a tal ponto que já deixou as economias nacionais em estado de alerta.

Apelidada inicialmente de ‘gripe mexicana’ e mais recentemente como ‘gripe suína’, esta moléstia parece não respeitar fronteiras geográficas ou sociais e já faz suas primeiras vítimas pelos quatro cantos do mundo.

Enquanto vacina não existe o jeito é tratar dos sintomas e tomar todos os cuidados a fim de barrar a proliferação de mais esta praga mutante.

terça-feira, 28 de abril de 2009

POR SUSAN BOYLE

Já escrevi anteriormente sobre a arte de cantar – (vide texto Com o que você canta? de 04/07/2008) - e em minhas considerações ponderei que nem sempre quem canta consegue tocar quem ouve. Disse ainda que a provável causa desta ineficiência estaria ligada à falta de sentimento por parte de quem canta.

Pois bem, nestas últimas semanas inúmeras foram as divulgações sobre uma jovem senhora que, desprovida de alguns atributos e provida de outros, encantou, literalmente, milhares e milhões de expectadores e ouvintes por todo o mundo. Susan Boyle canta e mais do que cantar, encanta quando canta.

Mas, se ela canta bem, qual então seria o motivo do espanto mundial no tocante ao fato de como pode ela encantar tanta gente em tão pouco espaço de tempo?

Tenho algumas teorias-respostas para esta estupefação mundial que tomou conta do mundo real e virtual, eis meus pontos de vista

Ela canta com a voz. Em um meio e mundo – artístico – onde cada vez mais são valorizados os atributos físicos, pipocam e abundam na tela da TV ou do computador um verdadeiro festival de corpos, peitos, bundas e silicones, principalmente entre as mulheres e ver uma mulher trajada de forma não-vulgar é de espantar mesmo. Susan não precisa mostrar o corpo para provar que tem talento. Sua arte, sua graça, seu encanto está na rica, suave, fina e tranqüila voz trabalhada com afinco e determinação. Os requebros de quadris são para quem não tem talento, que dirá talento vocal!

Ela canta o que sente. A escolha do que cantar, no caso de Susan, não poderia ter sido mais feliz! Ao cantar a canção “I dreamed a dream”, do musical Os Miseráveis, ela cantou sobre sonhos e realizações e desilusões de uma gente excluída, ela cantou a própria história. Cada frase, cada palavra, cada letra, cada nota tinha o vívido lampejo de uma vida inteira. Por ela, ela cantou.

Ela canta uma verdade. Somente Susan poderia ter dado o peso e a sublime interpretação para esta canção pois por ter vivido e por viver os versos da canção, estes eram para ela reais, verdadeiros. Ela cantou o que chamam de “a sua verdade”, não a história de um amor ou desamor de um outro alguém; ela cantou sobre ela, dela e primeiramente para ela mesma; abriu a sua boca em um pungente grito, de sua alma brotou o clamor de alguém que está cansada de ser julgada e pré julgada por vis estereótipos. Para ela, ela cantou.

Ela canta por mais de um. Naquele momento, Susan, depois de ser desacreditada pela platéia e pelos jurados, tornou-se porta-voz de uma multidão de pessoas que são marginalizados pelos mais diversos motivos, oprimidos e muitas das vezes ridicularizados, que carregam o opróbrio do pré-conceito individual ou coletivo. Por estes, ela cantou.

Susan hoje é famosa, requisitada para dar entrevistas para todo o mundo; o mesmo mundo que muitas das vezes rio dela por julgá-la incapaz de, por exemplo: cantar.

Cada um sabe o que aprender com a história da aparição e interpretação de Susan Boyle. Tire você mesmo suas conclusões e enquanto você pensa sobre os porquês e os para quê, que tal ouvir alguém que canta, encanta e que consegue tocar a alma.

http://www.youtube.com/watch?v=j15caPf1FRk

domingo, 26 de abril de 2009

MAS LIVRAI-NOS DO MAL III – DA INÉRCIA À REAÇÃO

A semana seguiu diferente, mas comum; novas experiências, vivências e descobertas surpreendem a quem mais de perto acompanha o desenrolar da doença e a busca pela cura.

Familiar veio passar algumas horas aqui, contudo gelado chegou e mais gelado ainda saiu; pouca ou nenhuma interação, afeto, carinho houve com a paciente. Algumas pessoas lidam melhor com as dificuldades da vida, outras nem tanto. Mas a despeito da aparente apatia, sei que existem amor e interesse na recuperação da paciente, só não se sabe como demonstrar isso a despeito de experiências nem tão boas assim.

Seguiram-se consultas a outros médicos acerca dos sintomas secundários; todos os exames solicitados confirmam a diagnose principal. Início do tratamento terapêutico com forte resistência e alta descrença por parte da paciente, reações normais, medicação para o problema principal.

É interessante notar que a cada resultado de exame apontando padrão normal a paciente parece se surpreender, pois mesmo sentindo os mais diversos sintomas os exames não apontam nada de diferente ou incomum ou fora do padrão. É como se ela, a paciente, ainda não acreditasse que a base de quase todos os sintomas – secundários – tem fundo emocional; é preciso tratar a alma.

Já percebemos sutis, leves, delicadas e pequenas melhoras no estado geral da paciente; ela, contudo, ainda vê o mundo ainda bem cinza. O que tem sido causa de preocupação são as crises bulímicas e anoréxicas, ainda recorrentes, porém com menos intensidade e freqüência.

Temos um pouco mais de interação com a paciente; pequenos diálogos, poucas frases, mas é assim mesmo, o caminho de volta é lento, bem lento. Sair da inércia, em qualquer estado, exige mais esforço, exige reação.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

GOTAS

Passagem de graça
Avião
Aeroporto
Saguão
Deu tempestade,
Só de trovão.
É o fim da verba!
Só ilusão.

No sul, há seca
No norte, chuva.
O Rio sem praia
São Paulo: rua!

A crise aumenta,
A gente agüenta.

Ministros.
Justiça-cega.
Bate-boca.
Discussão.
Talvez crise!
Sinceramente?
Só liberdade de expressão.

Imposto.
Leão.
Mordida.
Bocão.
Cadê a minha restituição?

domingo, 19 de abril de 2009

MAS LIVRAI-NOS DO MAL II - ACEITAÇÃO, FUGA E ACEITAÇÃO

Certa vez quando eu fiquei bem ruim de saúde por conta de uma infecção por três vírus que resolveram fazer acampamento dentro do meu fígado e todos os três ao mesmo tempo, uma das enfermeiras que me atendeu, estando eu internado, vendo meu estado debilitado me disse uma coisa que nunca esquecerei, assim ela sabiamente falou: “Não sei o que você tem, mas você só vai morrer disso, se você quiser.” Rapidinho me recuperei.

O primeiro passo para a recuperação é aceitar o diagnóstico e nem sempre aceitar o diagnóstico de depressão é tão fácil quanto o de uma gripe, por exemplo.

Ela não aceitou e buscou subterfúgios para cada um dos sintomas que, dada a baixíssima taxa hormonal e o elevado grau da agora instalada depressão, eram cada vez mais fortes, presentes, recorrentes.

E lá vamos nós, ainda com pouca informação sobre a doença, em busca dos médicos para os sintomas mais fortes. Enquanto um seguia pelo caminho dos médicos, outro foi à internet pesquisar sobre o problema central e pesquisa daqui, conversa com colegas que já passaram por situação semelhante ou que tratam de pessoas deprimidas, fica cada vez mais evidente que o que está sendo tratado são os sintomas acessórios e não o problema central. Mas ela quer assim, primeiro cuidar dos acessórios pra depois ver o principal.

Interna-se em uma clínica de tratamento natural, movida de esperanças e expectativas de que sairia de lá curada, boa, nova em folha, entretanto ao fim de meio-mês de internação não apresentou melhora significativa para os sintomas acessórios. Mas nem tudo estava perdido e mais uma vez ela ouve que o problema principal precisa ser tratado em primeiro lugar. Nega-se, contudo, a acreditar que esteja com depressão.

De volta ao lar, tudo a enjoa, já não se alimenta corretamente e nem mesmo água seu organismo passa aceitar; o que a deixa ainda mais debilitada e resistente a tratar do problema principal. Um exame previamente agendado para tratar de um sintoma acessório a leva ao hospital e como que por milagre ao encontro de uma médica, daquelas nos moldes da antiga escola de medicina, que vendo o estado dela e já acostumada a lidar com quadros assim, pede a sua internação imediata para alguns exames.

Os exames não apontam nenhum descompasso ou alteração a não ser a confirmação do diagnóstico principal dado pela ginecologista quase três semanas atrás. A médica então tem duas conversas sérias, em momentos diferentes, com a paciente. É preciso aceitar, é preciso tratar o principal, deixar de fugir, de esquivar-se, de esconder-se. A paciente rebate expondo seus argumentos em defesa dos sintomas acessórios, negando-se, contudo a aceitar seu quadro depressivo e pelo desenrolar dos fatos, anoréxico e ictérico; a médica não se intimida e fala mais diretamente. Parece haver um aquietar-se dentro da paciente. Ela só ouve. Se concorda? Tomara!

Alta hospitalar assinada. Esqueça os remédios fitoterápicos, homeopáticos, os que foram receitados para tratar os sintomas acessórios; fica apenas um antidepressivo e a indicação urgente para uma consulta e não com psicólogo e sim com psiquiatra. Consulta agendada. De volta para casa. Ainda descrente do diagnóstico principal, mas pelo menos consciente de que é preciso tratar, e com urgência, dos problemas da alma para que os sintomas acessórios desapareçam.

Cada dia tem sido, para quem participa deste ambiente, uma experiência de paciência, amor, carinho, de ouvir, de pouco falar, de sabedoria no dizer e mais importante do que tudo isso: de confiar, no tratamento e acima de tudo, em Deus.

Eu confio!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

MAS LIVRAI-NOS DO MAL I - INTRODUÇÃO

Mas o que raios afinal é esta tal de depressão?

Quando eu mesmo, já enfastiado de ouvir falar sobre depressão e no alto de minha auto-suficiência sobre o tema, achava que fosse o dito mal apenas pura e simplesmente um sentir-se triste demais; fui pego de surpresa. Assustado acordei do torpor em que estava sobre este assunto ao ter dentro de casa um familiar a padecer do triste mal do século, a saber: depressão.

Este texto é a expressão escrita do que tenho visto, analisado, trocado com poucos amigos e aprendido sobre esta tal de depressão.

A história começa mais ou menos assim...

Dores, calafrios, irritabilidade, apatia, euforia, enjôos, náuseas, insônia, foram estes alguns sinais, os primeiros talvez, de que alguma coisa não estava indo bem com ela. Nem todos estes supracitados sintomas aconteceram juntos ou seqüenciados. Ora um, ora outro, ora uns, ora outros, mas o fato é que eles eram indicativos claros de que um desequilíbrio químico estava acontecendo e não foi percebido nem por ela mesma, nem pelos familiares, nem pelos muitos médicos que foram consultados.

O quadro foi se agravando paulatinamente e, sem informação adequada, sempre havia um remédio – receitado por médico – para cada um dos sintomas afinal era só um: mal jeito na coluna, uma queda de pressão, um problema gástrico, um estresse por causa das mudanças (de casa e da separação dos filhos).

A constatação de que o quadro era de depressão veio depois da exclusão dos seguintes diagnósticos: infecção urinária, toxoplasmose, problemas agravados pela osteoporose – ah sim! Estes diagnósticos não foram dados pelos médicos após a tal da anamnese. A própria que, sempre era interrogada pelos médicos que perguntavam: “O que a senhora acha que tem?” Ora pois e eu que pensei que os médicos estudavam justamente para que eles respondessem esta pergunta, e não o paciente. Vai ver que de uns tempos pra cá algumas coisas mudaram nas faculdades de medicina.

Uma ginecologista apontou uma luz certeira: depressão química por hipotireoidismo! Bingo!! Enfim um profissional como antigamente, que sabe o que faz.

E faz exame. E não é que o tal hormônio está mesmo bem baixo. A médica estava certa no diagnóstico e no tratamento para repor o hormônio e na indicação de terapia... e foi aí que começou, de fato, a parte mais complexa da história que é conviver com quem tem depressão.

O primeiro passo é aceitar... (continua...)

terça-feira, 14 de abril de 2009

EM BRASÍLIA, 19 HORAS

A crise econômica que solapa os países e as gentes – que o nosso digníssimo mandatário-mor insiste me chamar de ‘marolinha’, como que para escarnecer dos milhares de ‘surfistas’ desempregados - parece ter batido asas e voado longe de Brasília, mais precisamente, longe da Câmara e Senado Federal.

Os gastos, o desperdício, o desarranjo, a desordem e o mau governo dentro das duas casas às vezes dão a impressão de estarem as duas em uma disputa olímpica para ver quem apresenta maior improbidade administrativa, especialmente no que diz respeito ao erário.

Ah, sim, pode ser que eu esteja exagerando, vamos aos fatos – das últimas semanas para que a lista não fique muito extensa:

Funcionários que não fizeram horas extras, pois as casas estavam em pleno gozo de férias, receberam – para pleno gozo deles – remuneração acrescida de valor referente a horas extras
Mais de 180 diretores e assemelhados, principalmente no que diz respeito à remuneração, para organizarem uma das casas. O mais ridículo neste fato do excesso (e alguém duvida que é abusivo 181 diretores??) é que o atual presidente da casa “hiper-diretiva” foi à TV e aos jornais dizer que ele mesmo fazia muita questão de rever todas as nomeações etc e blá-blá-blá... só esqueceu de dizer que pelo menos 130 - dos 181 - foram nomeados por ele mesmo quando era o então presidente da casa. Isso realmente foi patético e enfadonho, mais até do que ouvir do mesmo a famosa frase que se tornou seu bordão: “Brasileiiiros e brasileiiiras...”
Verbas indenizatórias aviltantes se comparadas ao salário de fome de milhares de aposentados e pensionistas e trabalhadores.

E ainda os senhores e senhoras deputados e senadores querem mais; mas trabalho mesmo que é bom, deste querem eles menos; deles, eu quero é menos.

E chega! Basta!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

INCLUSÃO

Em visita a uma feira voltada para o segmento dito antes deficiente, agora portador de necessidades especiais, constatei e atestei para meu espanto, felicidade e satisfatória surpresa que neste mundo plural, diverso e diferente, inclusão tem mais a ver comigo do que com quem eu tenha rotulado e classificado como “especial”, senão, pensemos sobre o assunto...

Hoje é socialmente responsável e bonito falar e dizer e propagar e anunciar a tal da inclusão; mas o que é inclusão? Para quem é a inclusão? Para quê incluir?

Eis a minha definição pessoal que escrevi depois de ler muitos artigos e tratados e matérias sobre o tema da inclusão. Chego a conclusão que inclusão é o esforço que a sociedade através de suas instituições representativas - como por exemplo: empresas, sindicatos, associações, escolas, dentre outras – faz no sentido de disponibilizar e tornar acessível à toda pessoa que de forma natural ou adquirida tenha uma necessidade especial, incapacitante ou não, definitiva ou temporária, o usufruto pleno de sua cidadania, aqui incluído seus direitos e deveres.

Tendo como base a definição acima e em busca de conhecer melhor este universo aventurei-me pela 8ª Reatech (Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade) e eis minha percepção de tudo o que vi do dito mundo das pessoas deficientes ou pessoas portadoras de necessidades especiais ou pessoas especiais.

A maravilha da diversidade já podia ser vista na entrada. Centenas – sem nenhum exagero ou hipérbole – centenas de pessoas confortavelmente instaladas em cadeiras de rodas eram só sorrisos e poses para registro fotográfico diante do painel com a logomarca da feira. Um cego com seu cão-guia ditava seus dados pessoais para uma jovem senhora afim de efetuar seu cadastro e receber seu crachá de acesso. Enquanto isso, do lado desta senhora, um outro grupo de pessoas animadamente se confraternizava ao “som” de suas mãos e expressão corporal. Senti-me inteiramente diferente, deficiente, pois não tenho habilidade para usar a cadeira de rodas; tenho dificuldade para confiar nas pessoas, que dirá confiar em um cão para me guiar e a forma usual de minha expressão é oral e limitada, desprovida da beleza plástica da expressão do corpo e mãos.

Fiz meu cadastro sentindo-me como um estranho e entrei no espaço da feira.

Ajustei meu localizador interno – o tal do GPS – e parti para uma aventura e tanto. O primeiro corredor que visitei foi o do artesanato e uma infinidade de formas e expressões artísticas estavam bem diante de meus olhos. Minha atenção foi desperta para o trabalho fantástico de um jovem que pinta quadros, belas paisagens e imagens, usando a boca e enquanto meus olhos pareciam hipnotizados com a destreza deste artista, meus ouvidos captaram o som de uma música... alguém canta e canta muito bem. No final do corredor, sobre um palco uma jovem cega – sei que era cega porque ela mesma, ao apresentar-se no intervalo entre uma canção e outra, disse ser – enchia o espaço com sua interpretação viva e brilhante de grandes sucessos de nossa MPB; enquanto sua voz ecoava como num colorido, toda a qualidade vocal e musical poderia ser também vista graças às mãos e expressão de uma intérprete da Língua Brasileira de Sinais. A música podia ser ouvida e também vista. Eu vi a música. Investi uns bons momentos para acompanhar este belo dueto de uma só voz.

Prosseguindo entre os corredores da feira tomei conhecimento de uma infinidade de serviços e produtos pensados especificamente afim de atender desde as mais simples até as mais complexas atividades do dia-a-dia de toda a pessoa, especial é claro. Contudo ainda que eu tenha ficado boquiaberto com as soluções da mais rudimentar até a mais tecnológica, o que deixou em mim uma marca, um sinal profundo, foi ver pessoas felizes. Ah sim, estavam em cadeiras de rodas, andavam com o auxílio de muletas, usavam bengalas para ver, eram guiados por cães, conversavam com as mãos – estas eram as pessoas mais felizes que vi na feira.

Por pouco mais de 2 horas estive submerso em um mundo onde o diferente, deficiente e portador de necessidade especial fui eu. Desprovido, talvez, da coragem e felicidade em viver que vi estampado em cada rosto, se como eles tivesse eu que enfrentar a ausência de visão ou dificuldade de expressão ou locomoção.

Mas o que é mesmo inclusão? Para quem ela se destina e com que finalidade?

Tenho que reformular meu conceito e entender que inclusão não é para os outros, é em primeiro lugar para mim mesmo.