domingo, 29 de junho de 2008

AGRADECIMENTO

Oi pessoal!

Meu humilde 'bloguinho' faz 6 meses de vida e eu fico muito feliz com isso. Mas fico mais feliz ainda ao perceber que pude, nestes poucos 6 meses, fazer novos amigos e trocar idéias com você que passa por este espaço, pára, lê, concorda, discorda, divulga... esta é a idéia principal. Ser um www para fazer parar e pensar.

Eu faço então uma pausa e recomendo para quem leu, ler de novo; para quem ainda não leu, que leia... os textos que me deram muito prazer escrever.

Janeiro - 20.01 - É tudo vaidade, é correr atrás do vento

Fevereiro - 17.02 - Quando anjos voam

Março - 19.03 - Ao meu amigo

Abril - 10, 11 e 14.04 - Crônicas da cidade - no busão I, II e III

Maio - 01.05 - Na traaaaave!!

Junho - 12.06 - Amar é verbo

Forte abraço,

quinta-feira, 26 de junho de 2008

PULA A FOGUEIRA

O Nordeste, em festa, saúda os santos com muita dança, comida, festa, cor, luz e energia e haja disposição. Durante quase 30 dias só se pensa, respira, só se vive para a quadrilha, para a festança... se esquece a seca, a falta d'água, as dificuldades, a fome e a miséria e se joga na dança... olha a chuva!! É não, é não!

O Norte é só preparativos para a festa de bois. Azul ou vermelho, vermelho e azul, juntos ou separados. O espetáculo do boi-bumbá em Parintins é certamente mais um espetáculo da cultura nacional caprichosamente garantida.

O Sul do país, enquanto o norte e nordeste pegam fogo em festa, treme de frio e tenta se manter aquecido. É, para quem quer ver e gosta, época de neve, lagoas congeladas, campos cobertos de geada e o maravilhoso café-da-manhã colonial oferecidos nos hotéis e pousadas das regiões serranas.

O Sudeste, espremido entre o sul e o nordeste não sabe muito o que fazer, não sabe se trabalha normalmente, treme de frio ou brinca de quadrilha. Há quem fica, há quem sai, há quem brinca, há quem espera e torce para que o engarrafamento diminua nestas cidades que não dormem.

No Centro-oeste tudo também é festa, só que festa com o dinheiro público. Deputados e senadores recebem "carta branca" para, a título de visita às suas bases eleitorais, pularem o São João, São Pedro e Santo Antônio, teoricamente, junto aos seus eleitores. Uma semana de folga, nada de trabalho e tudo de salário.

Assim fica o Brasil em junho. Festa no norte e nordeste, frio no sul, apatia e trabalho no sudeste e no centro-oeste a mesma velha e conhecida quadrilha junina, julinha, agostina, setembrina... todo o ano, o ano todo.

"Pula a fogueira, Iaiá. Pula a fogueira Ioiô..."

quarta-feira, 25 de junho de 2008

LEI SECA

Na última semana os meios de comunicação tem dado ampla divulgação à nova lei que proíbe e tipifica como crime culposo o motorista que for pego conduzindo veículo após ter ingerido álcool. Há a turma do "eu concordo", há a turma do "eu discordo", uns crédulos, outros incrédulos acerca do efetivo cumprimento desta lei.

No meu particular ponto de vista, e sou do grupo do "eu concordo", já passou o tempo de termos leis mais pesadas, severas e duras para com estes assassinos e homicidas em potencial que, imbuidos de toda a coragem e covardia etílica, conduzem seus veículos com toda a irresponsabilidade que é peculiar da vida regada a cervejas, choppes, caipirinhas, martinis, vodkas, uísques e outros destilados.

A lei deve ser seca e rigorosa para que depois o teu e o meu rosto não sintam a fria e úmida gota de uma lágrima a descer dos olhos em uma cerimônia de adeus.

Bebida e direção... definitivamente NÃO!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

FEIJOADA COM SUSHI

Já se foram 100 anos ou aproximadamente 36.500 dias que experimentamos nosso primeiro sushi... e gostamos!

E junto com o sushi vieram o sashimi, o shoyo, o wasabi, a cerimônia do chá, o saquê, o tofu, o tempura e o yakisoba. Também vieram o kimono, o samurai, o origâmi, o karaokê, o bonsai, a ykebana, o karatê, o judô e o ofurô. Ainda tinha na bagagem o kaizen, a yamaha, a honda, a fuji, a hitashi, o ultraman, o godzilla, o dragon ball, o mangá... ah sim e a toshiba, afinal nossos japoneses são melhores do que os outros.

À todos os Sato, Suzuki, Tanaka, Morita, Takeda, Miura, Yamada, Nakamura, Sasaki, Nishimura, Kojima, Ono, Watanabe, Nakano, Takahashi, Yoshida... nisseis e sanseis...

Obrigadô! Arigatô!

BANZAI!! BANZAI!! BANZAI!!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

MEU DIA DE "O APRENDIZ"

Esta semana foi um pouco tumultuada ou pelo menos posso dizer que começou de forma não tão, a princípio, tranqüila.

Foi na segunda-feira que, por volta das 15h, fui chamado à sala do dono da empresa, pelo próprio. No pequeno escritório aonde existem mais cadeiras do que pessoas que as ocupem, éramos em 3 - eu, o chefe e uma senhora amiga do chefe - os vivos, nas cadeiras que por sua vez estavam em maioria, eram em 7.

Fui então à sala do chefe, sala da presidência, como ele mesmo gosta de denominar o próprio espaço que para ser presidenciável muito falta e pouco têm. Há na vida momentos em que a objetividade é requerida e este foi um deles. Ele falou, deu uma volta imensa na retória verborrágica costumeira de sua fala - mais ou menos como eu fiz agora - e ao final disse que eu estava demitido.

Me senti quase como um dos participantes daquele reality show aonde um empresário escolhe quem entre alguns candidatos será o seu mais novo funcionário ou sócio. Ao felizardo, neste programa de seleção, lhe é poupado o ouvir a frase: "Você está demitido." Eu ouvi a frase, mas não foi de um grande empresário, nem grande, nem empresário.

Se estou desempregado? Tecnicamente, não. Para que eu estivesse desempregado era preciso que eu empregado houvesse sido; para ser empregado necessário era que eu tivesse sido oficialmente registrado, o que não aconteceu; portanto estou como antes. Oficialmente nada mudou.

Livre é como me sinto; para sonhar, planejar e agir em busca de um mínimo de dignidade profissional, respeito e verdade.

O que posso dizer que aprendi? Aprendi que toda a organização, toda a empresa, todo o empreendimento terá a cara, o jeito, o estilo do seu gestor principal. Valores, princípios, conduta e caráter são transferidos, ainda que de forma inconsciente, para os negócios da vida nossa de todo o dia.

Certo estou que hoje tenho mais preparo para o novo desafio profissional... e que venha logo.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

AMAR É VERBO

Amar é verbo e verbo é palavra que expressa uma ação no tempo, então: eu amo.

Amar é verbo que pede uma ação em resposta, então: tu amas.

Amar é verbo e então concluo que: ele ou ela ama.

Amar é verbo que se espalha, então: nós amamos.

Amar é verbo que se multiplica, então: vós amais.

Amar é verbo que expressa, pede, conclui, espalha, multiplica e contagia, então: vocês amam.

Eu já amei, tu amaste, ele amou, nós amamos, vós amastes, elas amaram.

Eu amarei, tu amarás, ela amará, nós amaremos, vós amareis, eles amarão.

Se eu amasse, tu amasses, ele amasse, nós amássemos, vós amásseis, elas amassem; por certo então eu amaria, tu amarias, ela amaria, nós amaríamos, vós amaríeis e eles amariam.

Mas eu amava, tu amavas, ele amava, nós amávamos, vós amáveis, elas amavam.

Amando ou amado. Ame, amemos, amai, amem.

Hoje, mais do que ter é preciso ser amor e assim amar, amares, amarmos, amardes, amarem.

Então que eu ame, tu ames, ela ame, nós amemos, vós ameis, eles amem.

terça-feira, 10 de junho de 2008

PROJETO BRASIL

Já faz algum tempo que consegui elaborar uma idéia de solução para melhorar a vida ou a qualidade de vida da maioria de nós brasileiros no tocante ao uso dos serviços - ou desserviços - públicos prestados.

A Constituição Federal, no Capítulo III, dos Direitos Sociais, reza e dita que uma série de serviços devem ou pelo menos deveriam ser oferecidos e prestados ao cidadão. Sabemos entretanto que não é bem como está escrito que tudo se processa e se acessa e se presta. Na República Arrecadativa de Impostos Brasileira, os direitos sociais são oferecidos de forma indigna, inversamente proporcional aos valores arrancados do bolso do contribuinte.

A razão de tamanha desigualdade e injustiça é mais simples do que os cálculos fajutos e mirabolantes, do que as pseudo-razões e desculpas esfarradapas que são apresentadas para a criação, majoração, aumento e nunca para a redução de impostos, taxas, tributos e mais recentemente, contribuições provisórias, eternas ou sociais.

Eis o motivo da desigualdade: quem cria ou faz criar leis e decretos modificadores da política tributária e fiscal não é o mesmo agente que usa ou pelo menos deveria usar os serviços públicos para os quais os aviltantes impostos são ou deveriam ser fonte de recursos, caso não houvessem esquemas diversos, vários e variados de desvios.

Quem vê algum "nobre político" utilizando o serviço público de saúde, educação, transporte, previdência social ou melhor ainda... recebendo o salário padrão nacional? - aquele denominado mínimo mas que se ao menos mínimo fosse seria suficiente para que saúde, educação, transporte e previdência social fossem acessíveis com dignidade à todos os cidadãos -, Quem vê??

Se este pedaço de terra fosse governado por gente séria, certamente seríamos como nossos tios do velho continentem, da terra do bacalhau, do sol-da-meia-noite.

Eis a proposta de solução:

Transporte: Sejam os políticos obrigados, por força de lei, a utilizarem o transporte público pagando por isso e sem qualquer privilégio. Rapidamente veríamos uma profunda e significativa mudança no setor. Frota nova, conforto, comodidade, horários respeitados, limpeza, higiene, nada de gente apertando gente.

Saúde: Sejam estes mesmos políticos obrigados a, quando em função de desordem de sua saúde ou da saúde dos seus, correrem para hospitais e postos de saúde que invariavelmente estão mal-equipado, superlotados, sujos e inacabados. Nada de hospital particular com ambulância e quarto individual... nã-nã-não, assim não vale! É pra usar o que a maioria dos brasileiros usa: a rede oficial, pública. Quando isto acontecer, dos políticos utilizarem a rede oficial de atendimento à saúde, notícias anunciando o caos na e da saúde pública serão manchetes de velhos jornais.

Educação: Que ainda estes mesmos políticos sejam obrigado a colocarem seus filhos e quando necessário for, eles mesmos, naquela que deveria ser exemplo e modelo de formação educacional, preparando gestores, comandantes e operários do progresso nacional mas que há muito encontra-se surrada e despida de qualquer investimento, inclusive intelectual, que lhe outorgue a honra devida, a saber: a escola pública.

Salário: Para que tais projetos sejam viáveis e como forma de proporcionar a estes novos brasileiros as condições necessárias de transporte, saúde e educação, recebam então o direito de cumprir a rigorosa jornada de trabalho, como determina a lei para a maioria da população e ainda mais, recebam o mesmo salário e a remuneração que recebem os brasileiros não-políticos, sem vantagens, mamatas ou esquemas de qualquer espécie com objetivo de aporte financeiro à título de ajuda ou benefício.

Se assim acontecesse então certamente haveríamos de experimentar a tal justiça social e o capítulo III da Constituição Federal haveria de fazer todo o sentido.

Está ai o desafio. Há apoio? Favoráveis? Contrários?

sexta-feira, 6 de junho de 2008

PELO DIA DO MEIO AMBIENTE

Pense em sua vida, suas atitudes, seu hábitos de consumo, seus costumes e marque dos quadros abaixo aquilo que você já fez ou faz ou pensa em fazer.

( ) ficar horas no banho com o chuveiro ligado;
( ) não comer toda a salada de rúcula, acelca, chicória com jiló;
( ) no sábado ou domingo a noite preferir ligar para pizzaria do que preparar sua própria refeição;
( ) ficar aborrecido se o mercado não tem sacolas plásticas com alças reforçadas para levar suas compras;
( ) já joguei papel de bala no chão, na rua, mas não na lixeira;
( ) tenho ou já tive roupa de lycra;
( ) bom mesmo é sair de carro, esta coisa de ir a pé é para pobre;
( ) celular, computador, microondas, geladeira e televisão; não sei como viveria sem qualquer um deles;
( ) já soltei "pum" em local fechado ou mal ventilado;
( ) já matei um animal e não foi para alimentar-me, por exemplo: mosquito, formiga, barata.

Se você assinalou mais do que 3 alternativas saiba então que você não está preparado para uma convivência ecológicamente correta... mas tudo bem, o mundo continua lindo.

Cuide bem do que é seu. Ajude a preservar o meio ambiente.

Este texto é em comemoração ao dia de ontem, fazendo hoje, pensando no amanhã.

Preserve! Preserve-se!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

A VIDA NA FILA

Você já parou para pensar em como você gosta, ainda que expresse conscientemente o contrário, de uma fila?

Não importa o tamanho, a razão ou o motivo. É quase instintivo, místico, sobrenatural a atração exercida pela fila pois quando você se dá conta já está em uma, duas, em várias e por mais que proteste, esbraveje e até use de um linguajar que possa vir a ser considerado baixo e vulgar - ô fila do c_cete! -, no fundo, ou melhor, no fim da fila você gosta sim.

Este pedaço de terra brasileiro parece possuir o dom e a habilidade de gerar, gerir, multiplicar e acrescentar pelo menos uma nova fila ao nosso dia-a-dia já bastante enfileirado de coisas. Talvez se como nossos pais lusitanos denominássemos a fila como eles a chamam, nossa atração por estas sofreria sensível diminuição. Afinal, quem gostaria de entrar numa bicha?!

O fato é que temos bichas, digo, filas para quase tudo o que fazemos: fila para entrar, fila para sair. Fila de gente, fila de carro, moto, caminhão, ônibus, avião. Fila no banco, no mercado, no estacionamento, na escola, na faculdade, no consultório, no hospital, no ambulatório, no laboratório. Fila no restaurante, no cinema, na boate, na baladinha, no elevador, no banheiro, no chuveiro. Fila na padaria, no açougue, no boteco da esquina. Tem até fila para pegar senha para outra fila, é o que chamamos de fila solidária.

Fila para contratar, fila para demitir. Fila para abraçar, fila para despedir. Fila para namorar - quem nunca ouviu ou disse a frase: "a fila anda."? Fila de casamento, fila de separação. Fila de implante, fila de transplante, fila de doação.

Talvez as mais modernas sejam as fila de conectividade: fila aguardando conexão, fila de download, fila de upload, fila para receber e enviar email e tem ainda a pior de todas as filas, a fila de tele-atendimento.

"Não desligue. Sua ligação é importante para nós. Dentro de 300 minutos vamos estar atendendo." aaaaAAAii!!!!!!

Tem fila grande, fila pequena. Fila reta, fila torta. Fila fina, fila grossa, tem até fila dupla. Tem fila chique, glamurosa, fila brega, fila pobre. Tem fila que anda, que se arrasta e tem aquela que não anda.

Tem o fura-fila.

Não importa se você já experimentou ou experimenta diariamente uma ou mais modalidades ou situações enfileiradas. O fato é que até para você nascer, mesmo sem saber, você enfrentou uma fila medonha e para tua sorte você não reclamou, não desistiu e nem ficou pelo meio do caminho.

Em fila nascemos, vivemos e morreremos. Todos juntos, agrupados, enfileirados. Resta saber se você vai se encontrar comigo na fila de subida ou descida!

terça-feira, 3 de junho de 2008

VENDO O INVISÍVEL

Já faz alguns dias que uma idéia, uma frase, tem trazido um certo grau de incomodo cerebral. Como se os meus neurônios estivessem pedindo para que suas sinapses se transformassem em texto e então postas em papel e depois expostas no intangível universo do mundo virtual.

Você já viu alguém invisível?

Não, não! Não falo aqui de experiências místicas, sobrenaturais ou do mundo do "aquém do além adonde veve os mortos", como dizia o vampiro-brasileiro, Bento Carneiro. Falo de ver ou melhor, de não ver quem está todo o tempo ao nosso redor. Falo de pessoas, de gente e gente viva.

Estas visíveis-pessoas-invisíveis nos observam, nos prestam serviços, nos olham e olhamos nós para elas também mas é como se elas não estivéssem ali; nossos olhos vão além e nada vêem a não ser a difusa forma humana sem rosto, sem corpo, sem alma.

Nas ruas, nos supermercados, nos shoppings, nos coletivos, nas igrejas, nas casas... o exército de visíveis-invisíveis é imenso e a todo o tempo aumenta mais. São indigentes, abandonados, garis, domésticas, empregados, vizinhos, visitas... para com estes e outros tantos por vezes agimos com impessoalidade. Não damos a atenção sequer mínima de num ato de cortesia e civilidade expressar, com um cumprimento, uma saudação, votos de respeito.

A ciência já comprovou os benefícios que existem no simples ato de desejar, por exemplo, um bom-dia aos outros. Mas eu, nós, insistimos em esconder nossa, minha, incapacidade de ir além de mim, nós mesmos.

Ver o visível-invisível requer exercício de doação; de esvaziar-se do orgulho jactante ou da timidez enclausurante e valorizar o outro porque ele é como eu, nós, somos: pessoa. Tem rosto, tem corpo, tem alma.