domingo, 28 de junho de 2009

DOIS DIAS É POUCO

Faz menos de uma semana que enterrei minha mãe. Experiência única e horrível e nem bem tinha eu processado ou elaborado – como gostam de dizer os psicólogos – o luto por minha mãe, tive que retornar às atividades laborativas, rotineiras e funcionais na empresa em que trabalho.

A mente dispersa, o corpo cansado, os olhos pesados e a paciência curtíssima para repetir a história da doença que levou minha mãe ao descanso... eu já estava pra lá de cansado de tudo isso.

A lei concede, quase que como por esmola, para o funcionário que perde os ascendentes (pai e mãe), dois – míseros, modestos, parcos e poucos – dois dias de licença. É muito pouco! Minha irmã voltou ao trabalho passados os seus dois dias; eu ainda respirei um dia a mais e na quinta-feira estava de volta, pelo menos o corpo, à cadeira, atrás de minha mesa, na frente de um computador.

Sei que é preciso retomar a vida, seguir com os projetos e planos etc e tal; mas dois dias é pouco, muito pouco para chorar, para arrumar a casa, organizar e reorganizar a vida, para consolar e ser consolado.

Dois dias só não é pouco para sentir saudades...

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

MEU GRANDE AMIGO, SOU TOTAL E INCONDICIONALMENTE SOLIDÁRIO A VOCÊ E A SUA DOR, POIS COMO DISSE ANTERIORMENTE APENAS QUEM PASSA POR UMA PERDA DESTA GRANDEZA, SABE O QUE VOCÊ ESTÁ PASSANDO E SENTINDO, MAS DEUS NÃO NOS FAZ PASSAR OU SOFRER NADA QUE ELE SAIBA QUE NÃO POSSAMOS SUPORTAR.
FICA COM DEUS MEU GRANDE AMIGO.
GRANDE ABRAÇO E FÉ EM DEUS.
SEU AMIGO, FRANCISCO NETO