sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

NA ESQUINA

Listra branca.
Faixa preta.
Zebra do asfalto nesta selva de pedra e pó.

Tronco de metal sem vida e cinza,
Sem galho, sem folha, cuja raiz é morta.
Tu és placa e torta.

Corpos de metal
Presos ao seringal.
Dragões a explosão.
Barrigas nunca vazias.
Fauna de estranhas formas
Carcaças doentes.
Disformes.

Varetas
Troncos e paus.
Estacas paralisadas
Farrapos ataviados.

Vidas guiadas por cores ao avanço do primeiro sinal.

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