quarta-feira, 21 de julho de 2010

TEMPOS MODERNOS

Um dos maiores desafios do presente século e para os anos vindouros é o que diz respeito a qualidade de vida e mais especificamente como alimentar uma população que não para de crescer.


Os avanços na produção de alimentos mais resistentes as pragas, as adversidades climáticas e a criação em larga de seres biológicos comestíveis – quem nunca comeu um hambúrguer de carne de “ave”? – fez e faz com que a geração fast-food aumentasse e ainda aumente a cada dia.

Crianças são incentivadas pelos próprios pais a consumirem uma alimentação mais moderna composta de lanches saborosos porém potencialmente fatais. Até mesmo as opções ditas “naturais” não passam de coquetéis venenosos pois apresentam em sua composição níveis quase fatais de açúcar, sal, conservantes e hormônios.

O resultado desta alimentação moderna, prática, saborosa e quimicamente enriquecida com vitaminas e também veneno é visível nas ruas e consultórios médicos. Para citar apenas um exemplo dos efeitos desta comida moderna: o aumento no número de pessoas obesas tem feito crescer a busca por tratamentos, dietas e até terapias alternativas por parte daqueles que se tornaram viciados em uma alimentação desequilibrada.

Alergias; alterações no metabolismo; distúrbios hormonais; baixa resistência imunológica; diabetes; pressão alta; disfunção hepática, renal, pulmonar, circulatória, cardíaca, gástrica e até alguns distúrbios de comportamento são alguns dos resultados que as embalagens coloridas não mostram ao, as vezes, incauto consumidor.

Se os alimentos industrializados pouca ou nenhuma confiança inspiram para promover a saúde e a segurança alimentar, o que dizer dos alimentos industrialmente naturais?Os produtos hidropônicos que, teoricamente, sem nenhum pesticida ou agrotóxico no seu desenvolvimento são os mais recomendados, já não mais inspiram tanta confiança por parte dos consumidores. Diversas pesquisas já comprovaram que na aparentemente pura e cristalina água que irriga e alimenta tais produtos, são acrescentadas doses de “complementos” e “suplementos vitamínicos” afim de auxiliarem no desenvolvimento “sadio” da plantinha.

As carnes e os produtos derivados de animais também já, há muito tempo, pouco tem de saudável e muito oferecem de risco a saúde. O frango e o peru são puro hormônio. A produção de ovos é quimicamente “incentivada” em galinhas confinadas, estressadas e que depois de mortas viram suculentos pedaços de asinhas, coxa, sobrecoxa e peito congelados.

O leite da vaca vem em caixinha com a adição de conservantes para garantir o prazo de validade. A carne vermelha, tal qual as carnes brancas, não passam de suculentos bifes de hormônios que ajudam muitíssimo o aparecimento dos mais variados tipos de cânceres no aparelho digestivo.

Ufa, o peixe está salvo! Ledo engano. Já é comum a pesca em grandes fazendas onde os aquáticos animais vivem confinados em grandes piscinas e são alimentados a base de ração para uma engorda mais rápida, desenvolvimento acelerado e retorno financeiro garantido para o fazendeiro. Os peixes de alto-mar também já sofrem com o elevado nível de poluição, graças a toda a sorte de sujidades que jogamos em nossos mares, na vil e vã tentativa de maximizar o adágio popular que diz: “O que os olhos não vêem, o coração não sente.”; esquecendo-nos de que nossa saúde e qualidade de vida também depende dos oceanos.

Vivemos em um tempo moderno onde a busca por uma alimentação realmente saudável tem sido tarefa cada vez mais difícil. Nunca como agora a horta da “casa da vovó” faria tão bem a saúde de tantos que, sem se aperceberem, tem sido consumidos – literalmente – por esta alimentação moderna.


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