sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

ACADEMICAMENTE FALANDO

As pessoas gordinhas ou levemente incomodadas com o próprio IMC – Índice de Massa Corpórea – elevado que me desculpem, mas tenho descoberto que é mais, muito mais difícil, mas nem por isso menos divertido, ganhar do que perder peso.

A dinâmica de ganhar peso não é nada fácil e talvez até mais complexa e árdua do que a que muitos dizem ser um esforço sobrenatural: perder peso.

Em uma sociedade onde milhares lutam para entrar em peças de roupas cada vez menores, eu tenho ido de livre e espontânea vontade no caminho contrário (será que sou anarquista ou revolucionário?) e me esforçado – esforço literal – para usar peças de roupas cada vez maiores.

Não é segredo para ninguém que estou já faz algum tempo, modestos dois meses, em uma prazerosa, divertida, suada e curiosa rotina de malhação; só que desta vez estou malhando o corpo e dando uma folga para o cérebro. São barras, halteres, pesos, anilhas, caneleiras, colchonetes; costas, peitoral, ombro, abdômen, bíceps, tríceps, quadríceps, panturrilha, inferiores, superiores; respiração, postura, encaixe de quadril, joelho flexionado, repetições, séries; supinos, crucifixos, abdominais, abdutores, adutores, flexões, agachamentos; empurra, puxa, levanta, segura e solta.

Já percebo mudanças no arquétipo. Algumas estruturas que antes eram quase imperceptíveis estão cada vez mais visíveis. Tenho adquirido nova percepção corpórea e espacial afinal de contas já estou cinco quilos mais pesado. Tudo é recente, tudo novidade, tudo descoberta mas nada supera a alegria de não mais caber em minhas roupas.

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