sábado, 3 de janeiro de 2009

É ÓBVIO, MAS NEM TANTO

Estes dias presenciei uma acalorada discussão entre dois adultos. O bate-boca foi crescendo quanto mais crescia a divergência entre as partes até que em um determinado momento um disse para o outro: “isto está óbvio, qualquer um pode ver.” E foi o ponto final.

Mas o que significa a palavra óbvio? O dicionário assim define como sendo o atributo ou a qualidade do que é evidente, fácil de compreender. Então posso dizer que o óbvio é óbvio e ponto final. Será?

Neste mundo em transição onde o que hoje é líquido e certo, amanhã, talvez; o que é tido como óbvio pode, alguma das vezes, impedir, atrapalhar, coibir e refutar qualquer outra avaliação ou análise ou parecer acerca de uma situação, fato, evento, acontecimento.

O óbvio só tem real significado e importância para a pessoa que o enxerga, muitas das vezes, de forma míope, desprezando qualquer outra visão ou opinião; fincando os pés na certeza de que um atestado de “obviedade”, individual ou coletivo, é ponto final, é elixir que soluciona questões, as vezes controversas, do cotidiano.

Volto a pensar na verborrágica discussão que testemunhei. Obviamente nenhuma das partes conseguiu o esperado consenso que, se esperamos pelo óbvio, seria o fim almejado.

Equilíbrio sem sempre tema ver com pré-conceitos que julgamos ser tão óbvios assim.

Um comentário:

Anônimo disse...

Mas.. qual era o fato em si?!