terça-feira, 10 de março de 2009

CRÔNICAS DO REINO II - O CASTELO DE GRAYSKULL

Este texto não tem a pretensão de ser um resumo jornalístico. Os nomes de alguns personagens foram alterados a fim de garantir e preservar suas identidades. Qualquer semelhança com fatos reais não terá sido mera coincidência.

Era uma vez – na verdade não aconteceu só uma vez, aconteceram várias e várias vezes e ainda hoje acontece também, mas como tenho que começar suave então fica como se fosse apenas uma vez – em um reino nem tão distante assim, onde o rei pouco mandava e quem deitava e rolava, quer dizer, ditava a ordem, ou melhor, a organização da desordem, eram os amigos do rei e um destes amigos construiu uma cidadela.

Na imensidão territorial do reino, procurou um lugar tranqüilo e lá mesmo deu início a construção para seu usufruto, deleite - mas depois ele disse que era para o herdeiro - de um simples, singelo, quase imperceptível e básico castelo. Mas aconteceu que este amigo do rei passou por um problema sério de saúde, uma perda de memória gravíssima e esqueceu-se de informar ao rei sobre sua nova e humilde morada.

Na mesma região onde o castelo já erguido reinava imponente – sem ser perturbado por nada e nem por ninguém -, um súdito, subalterno, quase escravo do reino que vivia, ou melhor, tentava viver com a mínima remuneração paga pelo reino, resolveu construir um quartinho bem pequeno a fim de dar um pouco menos de desconforto aos seus familiares.

Como que por passe de mágica - e neste reino, só mesmo a magia para explicar muita coisa que por lá acontece – apareceu um agente coletor-impostor, amigo do rei, e do alto das obrigações e responsabilidades que o cargo, dado pelo rei, lhe conferia, embargou a obra, multou o pobre coitado cidadão, ameaçou-o com despejo e quase o colocou na cadeia.

Moral da história: No reino nem tão distante assim... ih! esqueci a moral - da história - , tudo bem, sou amigo do rei.

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