segunda-feira, 8 de março de 2010

DECLARAÇÃO DO CAIPIRA

Cuma havera di eu expricá
Pra vóis micê intendê?
Vamu vê se aconseguimu
Nestes versinhu dizê
O que nóis está sentindo
E qui faiz o coração batê.

É qui quando nóis te viu
Sentimu na espinha um arrepir
Tamanha a vossa formosura
Virge Santa! Que belezura.

Mais ocê num arreparô
Nem sequer com seus zóio oiô
A minha simples figura
Foi por eu não ter instrução
E só saber contar até os deiz dedo das mão.

Agora qui ocê si foi
Lá pras banda dos estrangeiro
Inté acendi umas vela
Pra minha virge santinha
Pedindo pra ocê vortá
A mó di meu coração acarma.

Mas enquanto a santa demora
A minha prece escutá
Escrevi estes verso
Qui agora vô decrama:

Quando lá de arriba do céu escorre água,
Aqui cá embaixo nesta terra seca i rachada,
As água dos meus zóio tumbém a di escorrê
Pra módi moía a prantinha
Que um dia ocê pranto
No leito do rio da minh’arma
Que di sardade de ocê, secô.

5 comentários:

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkk morri de rir, mas não leve a mal, não no sentido de zombaria, mas no sentido de ser um texto muito divertido. dorei

Unknown disse...

oie....pra quem disse que nao era muito a praia poesia ja esta até se arriscando nos versos em outra lingua: o caipirês.......rsrs.muito legal!!!
:)

Cintia Patricia disse...

êita nóis em brotin.
uns versin tão bonitin.
divertido, faz rir sem fim.
esta tua arma caipirrr
que num conheci
mas que pra modo de sabe
faz bem assim te vê!
kkkkk... tentei..kkk
muito bom brother!

Élica disse...

Um heterônimo do Stefs, que legal!!
Ficou ótimo!
Mas, coitadinho do caipira, ficou tristinho...
Abraço.

José Manoel disse...

Lindo!
Adorei pela poética, rima e sentimento.
Somente as pessoas de bela alma conseguem transmitir o simples, óbvio e encantador sentimento do puro coração.
Parabéns.