quarta-feira, 17 de setembro de 2008

ANA E BIA - III

Quem foi que disse que a vida é um mar de rosas, certamente deixou todos os espinhos na casa de Ana e Bia.

Costumeiramente sou acordado pelos gritos das irmãs quando uma delas e por vezes as duas vão ver a mãe. Sem um mínimo de paciência, bom senso ou respeito, quer com a mãe quer para com os hóspedes, falam aos berros com a pobre mãe esquecida em si mesma.

O hóspede fantasma também é um agente que a qualquer momento pode provocar um surto de gritos pelos corredores da casa; não por ser o dito hóspede um quase espectro, um “gasparzinho”, mas pelo fato de não ter renovado seu visto de permanência e ainda assim insistir em ficar.

Não importa a hora, se tarde da noite ou já alta madrugada, sempre há muito desrespeito e gritos e berros na casa. Hoje fui acordado por quase cinco minutos do mais puro escândalo impaciente das irmãs para com a mãe. O enredo é sempre o mesmo: grito de introdução, grito de súplica, uns resmungos, gritos e mais gritos de ameaça e termina com mais resmungos. Toda esta triste e lamentável e abjeta cena não dura nunca mais do que cindo minutos; festival gratuito de falta de respeito.

O problema, eu bem sei, é mais sério e profundo. Ainda assim, nada justifica a falta de respeito.

Agora só faltam 4 dias!

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