domingo, 17 de agosto de 2008

DE PEQUIM... BEIJING

É mês olímpico e o mundo volta os olhos bem abertos para a China, que de olhos mais fechados e regime político idem, tem deixado o mundo ocidental, não muito afeto ao sistema de Mao, de boca aberta.

Este negócio de jogos olímpicos é sempre muito impressionante. A começar pela cerimônia de abertura, se estendendo pelas provas e disputas e fechando com a festa de encerramento, tudo é emocionante, grandioso, lindo, intenso, um espanto de cair o queixo.

Nesta edição dos jogos a cerimônia de abertura foi perfeita, tudo simétrico, tocante, impressionante de deixar olhos e bocas bem abertos diante da grandiosidade e brilho que somente muita disciplina e treinamento são capazes de produzir. Vislumbre do que veríamos, vemos e veremos nos locais de provas, na organização, no cuidado e no tato para dar ao mundo um olhar mais aberto da Terra do Yang-tse, da Cidade Proibida e da Praça da Paz Celestial.

Então se sucederam disputas, recordes e mais recordes foram quebrados. Tristeza e alegria receberam sempre o mesmo tratamento por parte dos olhos e ai já não importa se são abertos ou fechados pois lágrimas coroaram todo o esforço olímpico, quer de ouro, prata, bronze ou ainda o esforço não medalhado.

Nós, brasileiros, ficamos de olhos bem abertos diante da televisão em noites e madrugadas insones. Transformamos o horário de Pequim no novo horário oficial brasileiro e pagamos o preço por isso. Meus olhos abertos nas madrugadas teimaram em querer se fechar durante o dia. Resistir ao sono no trabalho foi façanha digna de um atleta olímpico. Devo ter quebrado a marca nas seguintes modalidades: pescada diante do computador, cochilada no ônibus, descida no ponto errado e soneca na hora do almoço; mas valeu a pena. Vale até aqui a emoção de cada conquista, cada medalha, cada jogada, cada disputa.

Vale a pena entender e torcer, de olhos bem abertos ou fechados, para que o tempo olímpico dure o ano todo, para todo o mundo.

"Beijin"

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