quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A SALVAÇÃO DA LAVOURA

Esta semana não resisti e fiz um programa que há muito não fazia: fui assistir a uma comédia, mas não no teatro. Vi pela televisão, mas não foi no canal da TV Cultura, aliás, a comédia que vi pouco tinha de cultura e independe do horário. A comédia que assisti tem como título: Propaganda Eleitoral Gratuita.

Este tempo que os políticos devidamente miliciados roubam do telespectador. Interessante notar que à "mão-leve", como o farão na gestão da coisa pública, os candidatos nesta maratona eleitoral, devidamente irmanados, juntos e agrupados, começam a roubar o pobre coitado do eleitor... começando com o tempo.

Outro aspecto interessante é a completa e total falta de não sei bem se criatividade, senso ou então seria excesso de dissimulação e ou cara-de-pau na apresentação do que chamo de "candidato-clichê". Aquele tipo básico, fácil de identificar pois promete o que todos prometeram, prometem e prometerão, a saber: acabar com a violência, resolver a questão do transporte público, melhorar o atendimento na rede pública de saúde e educação, aumentar o valor de aposentadorias e do salário-mínimo (só se for o dele, depois de eleito!), criar 'trocentas' mil novas vagas de emprego e por aí vão as barbáries e sandices prometidas, ditas. Fique atento, nestes não vale a pena votar, é voto perdido!

Talvez minha única saída seja votar em quem tenha origem, berço, inclusive no nome. Aqui na região tenho como opções os seguintes 'berços': os candidatos da academia, da farmácia, da auto-escola, do bar, da bateria, do jornal, da imobiliária, da bicicleta, da feira, da vila, da saúde, do sindicato, do postinho, da padaria, da van, da lotérica, da creche, do fórum, do sacolão, do INSS (pode??) e como se ainda suficiente não fosse, há ainda os candidatos 'profissionais', a saber: o churrasqueiro, o veterinário, o batateiro, o radialista, a contadora e o obreiro.... quanta criatividade!!

Neste pleito eleitoral, valham-me todos os santos, os vivos por favor; venham salvar-me desta cacaria.

Na próxima eleição serei candidato. Vou colocar meu nome na televisão, minha foto no cartaz e meu bloco na avenida... se eleito não for, certamente faço um carnaval já que neste país tudo acaba em samba no Rio de Janeiro, axé na Bahia, pizza em São Paulo e 'porra-nenhuma' em Brasília.

Votem em mim!

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