terça-feira, 14 de abril de 2009

EM BRASÍLIA, 19 HORAS

A crise econômica que solapa os países e as gentes – que o nosso digníssimo mandatário-mor insiste me chamar de ‘marolinha’, como que para escarnecer dos milhares de ‘surfistas’ desempregados - parece ter batido asas e voado longe de Brasília, mais precisamente, longe da Câmara e Senado Federal.

Os gastos, o desperdício, o desarranjo, a desordem e o mau governo dentro das duas casas às vezes dão a impressão de estarem as duas em uma disputa olímpica para ver quem apresenta maior improbidade administrativa, especialmente no que diz respeito ao erário.

Ah, sim, pode ser que eu esteja exagerando, vamos aos fatos – das últimas semanas para que a lista não fique muito extensa:

Funcionários que não fizeram horas extras, pois as casas estavam em pleno gozo de férias, receberam – para pleno gozo deles – remuneração acrescida de valor referente a horas extras
Mais de 180 diretores e assemelhados, principalmente no que diz respeito à remuneração, para organizarem uma das casas. O mais ridículo neste fato do excesso (e alguém duvida que é abusivo 181 diretores??) é que o atual presidente da casa “hiper-diretiva” foi à TV e aos jornais dizer que ele mesmo fazia muita questão de rever todas as nomeações etc e blá-blá-blá... só esqueceu de dizer que pelo menos 130 - dos 181 - foram nomeados por ele mesmo quando era o então presidente da casa. Isso realmente foi patético e enfadonho, mais até do que ouvir do mesmo a famosa frase que se tornou seu bordão: “Brasileiiiros e brasileiiiras...”
Verbas indenizatórias aviltantes se comparadas ao salário de fome de milhares de aposentados e pensionistas e trabalhadores.

E ainda os senhores e senhoras deputados e senadores querem mais; mas trabalho mesmo que é bom, deste querem eles menos; deles, eu quero é menos.

E chega! Basta!

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