quarta-feira, 27 de maio de 2009

CONCURSANDO: UMA VAGA DE PACIÊNCIA

No penúltimo fim de semana acordei um pouco mais cedo que o habitual para um domingo preguiçoso; tomei um banho para melhor despertar; fiz um bom desjejum, fiz a assepsia bucal, engalanei-me e fui em direção a uma das muitas escolas municipais afim de prestar as provas para o processo seletivo solicitado pela prefeitura e organizado por empresa contratada.

A parte da manhã transcorreu normal, comum; perguntas, alternativas, somente uma correta. Um candidato bêbado chegou atrasado pronunciando impropérios e frases desconexas, mas não passou do portão. Dentro de sala um ou outro candidato mais nervoso e de bexiga cheia pedia permissão para esvaziar o corpo e quem sabe liberar mais espaço para o pensamento.

Fim de prova, fim do tempo, fim da primeira parte da maratona de provas. Início do almoço que foi tranqüilo, em casa, chique, refinado com o que há de melhor e mais moderno da gastronomia internacional, especificamente da cozinha francesa – restô d’Ontè.

Após tão refinado almoço já era tempo de sair para aquela que seria a prova final, a prova prática de informática e então fim do concurso. Tudo deveria ser rápido afinal de contas a prova padrão consistia de apenas a digitação de um texto com menos de mil toques; mas sempre há um porém e o porém desta vez era a falta de organização da organizadora do certame e aí o bicho pegou, quer dizer, quase pegou.

No local e hora marcados deveria haver aproximadamente umas 500 pessoas esperando para fazerem a prova e algumas delas estavam no aguardo desde a parte da manhã. Apenas uma sala fora preparada para a prova da parte da tarde e na sala pouco mais de meia dúzia de computadores. Do lado de dentro uma incógnita. Do lado de fora uma verdadeira desorganização, ou melhor, outra incógnita também. Quando vão chamar? Cadê o meu nome da lista?
O tempo passa eu agora já não alimento expectativas de ser chamado logo; encontro um canto e passo a ler um livro que baixei para o meu celular e a leitura segue fluída somente interrompida para que meus ouvidos percebam os nomes que vão sendo chamados, quase gritados; um por um em grupos de no máximo dez nomes. O tempo transcorre e corre. Finalmente sou chamado, faço parte da última turma que fez a prova. Apenas para registro: hora de entrada 13h; hora de saída 17h40.

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