domingo, 31 de maio de 2009

MAS LIVRAI-NOS DO MAL VII – NOTÍCIA RUIM

Como é que se diz para uma criança que Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Bicho-Papão, a Fada do Dentinho e tantos outros personagens lúdicos não existem?

Como é que se pode dar uma notícia ruim para alguém?

No fim de semana retrasado a paciente, sentindo o voltar das dores, foi levada para uma outra cidade, um outro hospital, uma outra equipe médica afim de ser examinada. Internação solicitada e aí é a rotina hospitalar básica de diagnóstico: material para exame, laboratório, resultado, conversa com o médico e foi neste processo que “Papai Noel” começou a sumir.

Os exames preliminares, básicos e rotineiros apontaram uma alteração no nível de uma proteína do sangue e esta alteração é forte indicativo de uma doença mais séria. Outros exames, agora complementares e um pouco mais complexos, são solicitados afim de descartar ou confirmar a suspeita apontada pelos primeiros exames, os básicos.

Em um centro mais desenvolvido, tudo parece ser melhor, pelo menos do ponto de vista médico e este foi o caso no trato com a paciente. Os exames que anteriormente demoravam de 3 a 4 dias para ficarem prontos, agora são divulgados com laudos e tudo mais em no máximo 24 horas.

Exames e laudos complementares prontos e é confirmada a suspeita do médico. A paciente tem câncer. O grau de evolução da doença é adiantado e a metástase já se faz presente em outros órgãos. A paciente tem a glândula supra-renal esquerda, o pâncreas e o fígado já tomados pelo câncer. O prognóstico médico não é nada animador e o contar do tempo agora é regressivo diante de uma doença tão agressiva.

Como é mesmo que se dá uma notícia ruim pra alguém?

Não sei. Mas por certo a melhor forma é a que não omite, não mascara, não disfarça.

O que acontece agora? O que acontecerá daqui pra frente?

Não sei, não sabemos.

Há momentos que acreditar em alguma coisa superior é bom.
Há momentos que acreditar em alguma coisa superior é bom mas não o suficiente, então acreditamos no divino.
Mas há momentos que acreditar em alguma coisa superior e no divino não são suficientes, é nestes momentos que faz toda a diferença acreditar em DEUS.

Nós, da família, acreditamos em DEUS, em todo o tempo, em todos os momentos.

5 comentários:

Anônimo disse...

Olha não gostei do post porcausa da notícia...
Fico indignada do porquê da demora do diagnóstico. Afff...
Que Deus dê sabedoria prá vcs contarem e derrame um "bálsamo de Gileade" sobre esta paciente.
Ow mundo cruel viu. Tem horas q dá vontade de dizer: Volta logo Jesus!
Abraço Stefs.
Suzana

korn disse...

:(

Se eu tivesse no lugar da paciente iria ficar triste com a piedade alheia.

Elaine Sandra disse...

Ainda bem que existe um Deus para firmar nossas pernas e não nos deixa cair. No mais é acreditar que "tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus" e sempre "Entrega teu caminho ao Senhor...". Sei que não é fácil, mas só nos resta crer. Volta logo Jesus e livrai-nos do mal. Amamos vocês.

Cintia disse...

Broth, adorei sua definição final do pq acreditar em Deus faz toda a diferença. Tenho agradecido a Ele por estar nos sustentando de forma tão palpável e nos deixando tão lúcidos numa hora dessas. Vc é realmente ótimo com as palavras.
Até a última instância eu vou continuar pedindo um milagre, porque tenho a certeza de um Deus do impossível e médico-dos-médicos. NO mais, já tenho também a certeza de que a vontade DEle já tem sido feita em nossas vidas... nos sustentando a todos, nos segurando pela mão e indo conosco pelo vale... literalmente. Bjs. CPP

Unknown disse...

È nas horas mais difíceis que nosso Deus nos carrega no colo, e agora Ele está com toda essa família em seus grandes e amorosos braços, que Deus os abençoe hoje e sempre, abraço primo...