terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Trilogia do Vento - parte 1

Pedi ao vento, em meu tormento, que por uma brisa doce e suave eu pudesse ter alento, ainda que por instantes, pedaços de momentos, sentir teu suave toque, teu afago... sedento.

Clamei aos quatro cantos que me dessem sentimento; que eu fosse paciente, compassivo, não desatento.

A natureza ouviu. A minha súplica foi respondidada. O vento soprou-me vida, afago, carinho, desejo, o vento soprou-me você.

Desejei então segurar o vento; que amargo foi o desapontamento ao descobrir que o vento não se pode segurar por ser demasiadamente imenso; não pode ser contido, não nos moldes que eu buscava, queria, pensava...

Incapaz de perceber que o vento é quem comanda, deixei-o seguir seu caminho. Este vento passou, não mais voltará a bater na janela da minha casa que agora encontra-se vazia.

Um comentário:

Ronaldo Almeida disse...

É meu lindo .... o vento não se pode segurar, entretanto, podemos senti-lo e isso de deixa de ser uma maneira de possuí-lo.

Perhaps Love